Ela já pôde ser vista nos palcos e na televisão, transitando entre romances, dramas e comédias, e celebra agora seus 31 anos de carreira, sendo 25 deles no teatro musical, estrelando “Kiss me Kate – O Beijo da Megera”, um dos maiores sucessos da Broadway, inspirado no clássico “A Megera Domada”, de William Shakespeare, e que chega pela primeira vez a São Paulo, no Teatro Villa-Lobos, marcando um de seus melhores momentos profissionais, onde, além de viver sua primeira protagonista em solo paulistano, Alessandra Verney assume também a produção do espetáculo que a consagrou em 2015, durante estreia carioca, com o Prêmio Cesgranrio de Melhor Atriz em Musical e com as indicações de Melhor Atriz nos prêmios Shell e APTR.
Foi através da música, ainda na infância e junto de um violão, que a atriz, cantora e produtora gaúcha, de Santa Maria,deu seus passos iniciais em direção a carreira artística, hoje pautada por trabalhos renomados e reconhecimentos relevantes. Afinada com diversos gêneros musicais como MPB, Jazz e Blues, Verney estudava também o canto lírico e popular, e chegou a tentar conciliar toda essa versatilidade com a faculdade de Publicidade e Propaganda, que não foi capaz de afastá-la dos palcos de Porto Alegre e nem do Rio de Janeiro, por onde passou em busca de suas primeiras oportunidades profissionais.
“Meu desejo, enquanto adolescente, era ser atriz, mas a música foi ganhando força e aí comecei a buscar esse aprimoramento na técnica vocal. Cheguei a estudar para disputar uma bolsa de estudos nos Estados Unidos, porém os musicais mudaram o meu foco”,relembra ela, que fez sua estreia em 1998 com “O Abre Alas”, uma adaptação feita por Maria Adelaide Amaral celebrando os 150 anos de Chiquinha Gonzaga, baseada no livro de Edinha Diniz, com direção de Charles Möeller e direção musical de Claudio Botelho, startando aí o primeiro trabalho de muitos que seriam realizados ao lado da dupla de produtores e diretores.
Unindo canto, dança e atuação, emendou trabalhos integrando o elenco de musicais como “Cole Porter – Ele Nunca Disse que Me Amava”, “Tudo É Jazz!”, “Cristal Bacharach”, “7 O Musical”, “Beatles num Céu de Diamantes”, “Um Violinista no Telhado”, “Milton Nascimento – Nada Será Como Antes” e “A Noviça Rebelde”, todos com assinatura Möeller & Botelho, com quem manteve a parceria de sucesso, ainda reforçada através das duas adaptações de “Kiss me Kate – O Beijo da Megera”, o primeiro musical de Cole Porter montado no Brasil, onde atualmente brilha nos papéis de Lili Vanessi e Kate, ao lado de Miguel Falabella, outro grande parceiro de palco e vida da artista.
Ao lado de Falabella, a estrela desfrutou de grandes oportunidades como no musical “Império”, “Alô, Dolly!” e “Memórias de Um Gigolô”, além das peças “O Que o Mordomo Viu” e “A Mentira”, que recentemente esteve de passagem pela Europa, em uma bem sucedida temporada portuguesa, além da série de humor “Sexo e as Negas”, dando vida à cabelereira Bibiana.
Ainda na TV, a atriz reencontrou a obra de Chiquinha Gonzaga na minissérie homônima da TV Globo – sendo essa sua porta de entrada no audiovisual, além de participar de novelas como “América”, “Rock Story” no papel da Dra. Patricia, e “Verão 90” no papel de Tamara, e de integrar o elenco da produção bíblica “Gênesis”, da Record TV, na pele da personagem Ada, em 2021. Já no cinema, fez sua estreia como a crooner Tânia em “Apolônio Brasil – Campeão da Alegria”, a convite do ator Hugo Carvana, e esteve em “As Polacas”, como Norma, no longa dirigido e escrito por Alex Levy-Heller, baseado no livro homônimo de Esther Largman; ainda nas telas, Verney pode ser ouvida em dublagens como no filme “A Lenda de Bewoulf”, no papel da Rainha Wealthow e nas canções “Gently as she goes” e “A hero comes home”, em “Mulan 2”, no papel de Ting Ting e na canção “Like other girls”, e no tema de abertura da série “Lizzie Mcguire”.
Foto: Divulgação
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Confira a entrevista com Alessandra Verney
1- Conta um pouco sobre a peça “Kiss me Kate – O Beijo da Megera”?
É um grande clássico da Broadway, com músicas compostas pelo genial compositor americado Cole Porter. O musical mostra a “peça dentro da peça”, enquanto os atores encenam “A Megera Domada”, a história do casal protagonista é contada aos trancos e barrancos – dentro e fora de cena. É um espetáculo muito divertido e também fascinante.
2- Ela é inspirada em um dos grandes clássicos de William Shakespeare, “A Megera Domada”. Além dele, outros escritores/poetas já foram fonte de inspiração para os seus espetáculos?
Sempre tive a alegria de fazer espetáculos que traziam principalmente a obra de grandes compositores nacionais e internacionais, como Cole Porter, Burt Bacharach, Chico Buarque, Rodgers & Hammerstein, Kander & Ebb e por aí vai. Com o Falabella, por exemplo, fiz duas comédias de dois grandes autores mundiais, “ O que o mordomo viu” do britânico Joe Orton e a “A Mentira” do francês Florian Zeller, também conhecido pelo roteiro do aclamado longa-metragem “O Pai”. É muito bom poder transitar entre obras tão distintas, seja nos musicais ou nas peças de teatro.
3- Como é ser produtora e protagonista de um espetáculo? O que essa dupla jornada representa para você?
É preciso bastante atenção e cuidado – e o dobro de saúde (risos). Acho que o grande desafio é separar os dois papéis, pois na hora de atuar preciso estar 100% focada no meu trabalho de atriz, por mais que sempre existam questões de produção acontecendo o tempo todo – principalmente na cabeça da gente. É um exercício “saber desligar” na hora certa. Eu estou adorando as duas funções, pois produzir é uma grande satisfação. Além disso, estou super amparada por dois sócios, o Marco Griesi e a Daniella Griesi, que estão sempre de prontidão e buscando fazer o melhor trabalho possível, para todos. A maior recompensa é ver o resultado de tanto trabalho no palco e, sobretudo, a alegria dos espectadores.
4- Conta um pouco de como o mundo da arte entrou na sua vida? E hoje, o que tudo isso representa?
Desde criança, sempre fui apaixonada por arte. A paixão começou pelo cinema, depois se expandiu para a música. Comecei a cantar e tocar violão aos 7 anos e aí não parei mais. Como eu era uma criança muito tímida, a música era uma forma de comunicação com as pessoas, como se eu pudesse mostrar o que eu sentia; sempre foi uma forma de expressão. Hoje em dia eu sou muito grata por viver do que eu amo, ainda mais sabendo das dificuldades de seguir uma carreira artística. Olho pra trás e tenho muita gratidão e orgulho da minha trajetória, dos sonhos que tenho conseguido realizar. Foram muitas escolhas, acabei abrindo mão de muita coisa para seguir a carreira que escolhi; vejo que se eu não estivesse nessa profissão, talvez não tivesse tido a oportunidade de viver muitas experiências inesquecíveis. Todas as viagens, os amigos, tantos teatros, cidades, plateias… São muitas memórias, para ter muita história pra contar, sempre.
5- Além disso, você também já trabalhou muitas vezes ao lado do ator Miguel Falabella. Como é essa experiência?
Um dos meus sonhos quando já sonhava em ser atriz, ainda criança, era trabalhar com ele. Hoje, Miguel é um grande amigo, além de um parceiro de cena sem igual, um diretor sensível, que valoriza seus atores. Estar com ele é sinônimo de 100% de aprendizado e diversão, é um artista muito generoso. Essa convivência é única. Eu amo o Miguel de todo coração, como pessoa e como profissional.
6- Você participou de grandes obras da teledramaturgia. Além do teatro, podemos esperar ver você nas telinhas de novo?
Olha, eu adoraria voltar às telinhas. Apesar de estar mais focada no teatro, procuro estar sempre estudando e antenada nas novidades do mercado de audiovisual. Espero que seja logo.
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