A Microsoft prometeu e cumpriu. A empresa de Redmond entrou com recurso para reverter a negativa da CMA (Autoridade de Competição e Mercado do Reino Unido, em português) sobre a compra da Activision. Ao barrar a aquisição, a CMA defendeu que a Microsoft afetaria a competição no serviço de cloud gaming.
Quando o órgão britânico, equivalente ao nosso CADE, emitiu a decisão em abril, a Microsoft informou que apelaria do bloqueio. O recurso foi aberto um mês depois da CMA negar a compra da Activision pela dona do Xbox. O pedido de contestação da Microsoft foi revelado por Katherine Gemmell, repórter da Bloomberg especializada em cobertura jurídica, que confirmou o recurso com um representante da empresa.
CMA defende que fusão trará competição desleal
O motivo para a CMA negar a aquisição da Activision pela Microsoft é que a fusão gerará uma competição desleal no segmento de cloud gaming. O órgão regulador britânico acredita que nem mesmo a venda da série Call of Duty, parcerias e promessas de fornecer jogos da Activision em plataformas concorrentes é o bastante para evitar um monopólio.
Quando a decisão foi publicada em abril, a imprensa e a própria Microsoft foram pegos de surpresa. A razão para isso foi que a CMA divulgou em março um relatório preliminar dizendo que não via riscos na diminuição da concorrência entre consoles. Não há data para o julgamento da apelação.
Microsoft teve compra aprovada na União Europeia
Se a situação foi ruim no Reino Unido, o outro lado do canal da mancha está melhor. No dia 15 de maio, a Comissão Europeia aprovou a compra da Activision pela Microsoft com ressalvas. Para seguir com a aquisição, a empresa do Windows terá que ampliar o acesso aos jogos da Activision para a concorrência.
Com informações: Video Games Chronicles