A rede social X (antigo Twitter) não permite que seus usuários publiquem, enviem por mensagem direta (DM) ou adicionem à biografia do perfil links com a URL signal.me. Este endereço é usado para que pessoas entrem em contato usando o aplicativo Signal.
O bloqueio foi notado no domingo (16/02) pelo pesquisador de cibersegurança Tommy Mysk e não tem uma explicação oficial até o momento, mas existe a suspeita de que seja uma forma de suprimir denúncias.
Public posts don’t work either: pic.twitter.com/aGHPJPcOOr
— Mysk 🇨🇦🇩🇪 (@mysk_co) February 17, 2025
Como ocorre o bloqueio?
De acordo com Mysk e outras publicações, como o Verge e o TechCrunch, mensagens e publicações com links signal.me são identificadas como spam, conteúdo nocivo ou atividade maliciosa. Além disso, ao clicar em um link, o usuário é advertido com uma mensagem de que o endereço pode não ser seguro.
Links para outros domínios do Signal, como .org, .group e .link, ainda podem ser enviados ou publicados. Outros mensageiros, como o Telegram, não são afetados.
Por que os links para o Signal foram bloqueados?
Não existe, até o momento, uma explicação oficial sobre por que os links signal.me não podem ser enviados ou publicados.
O Signal é um mensageiro conhecido por sua criptografia e privacidade. Por isso, ele é uma forma de contato usada por quem quer fazer denúncias ou expor histórias para a imprensa. Bloquear os links seria uma forma de dificultar comunicações deste tipo.
Esta suspeita existe porque Elon Musk, dono do X, está no comando do recém-criado Departamento de Eficiência Governamental dos Estados Unidos (Doge, na sigla em inglês). O órgão fechou agências governamentais e teria demitido cerca de 10 mil funcionários públicos federais.
Mesmo assim, ainda é possível divulgar ou enviar seu nome de usuário do Signal usando o X, para que outras pessoas entrem em contato.
Qualquer que seja o motivo, não é a primeira vez que o X passa a bloquear ou esconder links. Isso já aconteceu com o Mastodon, o Threads e o Substack, concorrentes da rede social de Musk.
Com informações do TechCrunch, Verge e Bleeping Computer